Verão entra chuvoso no Paraná, segundo o Simepar
Criado em 19/12/2019 20:03
Verão entra chuvoso no Paraná, segundo o Simepar
Festas terão sequência de dias quentes com chuvas nos finais de tarde
O verão no Paraná começa à 1h19 deste domingo, 22, e termina à 00h50 do dia 20 de março de 2020. Segundo a previsão do Simepar, o primeiro dia será chuvoso em todo o Paraná, mas abafado e sem frio. Uma frente fria vinda sul do continente deixa a atmosfera instável. O sol aparece entre nuvens em Curitiba, Londrina, Paranavaí, Jacarezinho, Guaíra, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e Rio Negro. A temperatura mais baixa prevista é de 15 °C em Ponta Grossa. A máxima chega a 31 °C em Foz do Iguaçu.
“O período das Festas terá uma sequência de dias quentes, com máximas de 28 a 30 °C e chuvas típicas de verão geralmente à tarde”, afirma o meteorologista Reinaldo Kneib. Durante a estação, os regimes de chuvas e temperaturas tendem a seguir as normais climatológicas em todas as regiões. São esperados períodos consecutivos de temperaturas muito elevadas associados a chuvas de curta duração. Episódios de temporais com grande incidência de raios e ventanias podem causar enxurradas e inundações. Oscilações de fenômenos meteorológicos oceânicos como El Niño e La Niña não devem impactar o Paraná.
CLIMATOLOGIA – Historicamente, o verão é a estação mais chuvosa. Os dias se tornam mais quentes à medida que a estação se consolida, com ligeira diminuição em março. “Os volumes totais acumulados de chuvas resultam diretamente da atuação de sistemas atmosféricos de mesoescala, associados ao maior aquecimento diurno e à umidade”, explica Kneib. Essas condições causam chuvas localizadas e intensas, com muitos raios e de curta duração, muitas vezes acompanhadas de vendavais e granizo, em todas as regiões do estado.
Segundo o meteorologista do Simepar, faz parte da climatologia do verão paranaense a ocorrência de frentes estacionadas por alguns dias no Oceano Atlântico, próximas ao Litoral. A circulação dos ventos mantém as nuvens baixas das praias até a Região Metropolitana de Curitiba, o que diminui as temperaturas máximas. No transcurso da estação, as maiores temperaturas ocorrem nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral.
AGRICULTURA – Segundo as agrometeorologistas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Ângela Beatriz Costa e Heverly Morais, as condições meteorológicas previstas para o verão são favoráveis ao desenvolvimento das culturas de soja e milho, bem como ao manejo do gado. A única preocupação é com a semeadura do milho safrinha, que ultrapassará a época estipulada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático. “Como a forte estiagem durante a primavera atrasou a semeadura da soja e do milho, as chuvas significativas de dezembro foram literalmente a salvação da lavoura nas fases mais críticas de necessidade hídrica: a floração e o início da frutificação”, observa Costa.
VERÃO MAIOR – Neste sábado, 21, tem início a operação Verão Maior - Temporada 2019/2020. Ao clicar no ícone do Simepar na página www.verao.pr.gov.br, o interessado terá acesso à previsão do tempo para cada município com horizonte de 15 dias. O Simepar apoia o trabalho da Defesa Civil Estadual para reduzir danos em caso de inundações, alagamentos, enxurradas e tempestades com raios. Para receber alertas meteorológicos por SMS, o interessado deve enviar uma mensagem para o número 40199 com o número do seu CEP (Código de Endereçamento Postal). O tenente Marcos Vidal da Silva Junior sugere aos veranistas que mantenham em seus celulares o contato da Defesa Civil Municipal e o aplicativo do Corpo de Bombeiros do Paraná, que fornece informações sobre o tempo e o serviço de guarda-vidas. Orientações sobre desastres naturais estão disponíveis no site www.defesacivil.pr.gov.br e nas contas da Defesa Civil Estadual nas redes sociais.
DENGUE – “O Simepar divulgará em todas as suas mídias a campanha do Governo do Estado de prevenção da dengue”, afirma o diretor Eduardo Alvim Leite. No site do Simepar há um link no ícone “Dengue mata. Mude sua atitude”, que direciona o leitor para informações sobre cuidados preventivos, sintomas, tratamento e mitos sobre a doença. Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, zika e chikungunya. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, assim as medidas preventivas envolvem o nosso quintal e também os dos vizinhos.
Fonte para entrevistas: Reinaldo Kneib – meteorologista Simepar (41) 33202020
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20/9/19
Primavera chega com temperaturas amenas e sem chuva no Paraná
Primavera chega com temperaturas amenas e sem chuva no Paraná
Primavera chega com temperaturas amenas e sem chuva no Paraná
A primavera começa às 4h50 de segunda-feira - 23 de setembro - e termina à 1h19 de 22 de dezembro. Segundo a previsão do Simepar, no primeiro dia da estação as temperaturas serão amenas na maior parte do Estado. As mínimas devem ficar entre 5 °C em Rio Negro e 17 °C em Guaíra. As máximas devem variar de 13 °C em Curitiba a 29 °C em Paranavaí e Umuarama. O sol aparece nas regiões Sudoeste, Norte, Noroeste, Sul, Oeste, Centro, Norte Pioneiro e Campos Gerais. O tempo deve ficar mais fechado na Região Metropolitana de Curitiba e no Litoral. Não há previsão de chuva.“No Paraná, a primavera caracteriza-se por chuvas intensas e volumosas, resultantes do deslocamento de frentes frias ou quentes e eventos de curta duração, que se desenvolvem por causa das altas temperaturas associadas à maior umidade do ar”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Ao longo da estação, é comum a atuação dos chamados sistemas convectivos de mesoescala que se formam no estado ou no Paraguai, dirigindo-se para cá. Também são frequentes vendavais, granizo e grande quantidade de raios, que só podem ser detectados com antecedência de algumas horas. Neste ano o regime de chuvas acompanhará o comportamento médio histórico, à exceção de outubro, que deve registrar volumes abaixo da Normal climatológica.As temperaturas, por sua vez, costumam oscilar, aumentando à medida em que a estação se consolida. Para este ano, tendem a ficar próximas ou acima da média histórica. Os valores mais expressivos são registrados tradicionalmente nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral. “Grandes variações nas temperaturas ocorrerão em períodos curtos de horas a poucos dias”, observa Kneib, “devido ao deslocamento de frentes frias e tempestades intensas”. O início da estação apresenta maior amplitude térmica, que é a diferença entre os valores de temperatura máximos e mínimos diários, os quais diminuem progressivamente. Não está prevista a influência dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña.AGRICULTURA – Para a agrometeorologista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Ângela Costa, o início da semeadura da safra de verão será dificultado pelo déficit hídrico no solo devido à estiagem prolongada no inverno: “Em condições de tempo seco e temperaturas elevadas, utiliza-se a irrigação para manter a qualidade e a produtividade das lavouras de hortaliças”. O potencial produtivo da cultura do café também pode ser prejudicado, com risco de aumento do índice de aborto. “Por outro lado, a baixa umidade do ar desfavorece a proliferação de doenças, diminuindo as aplicações de agrotóxicos nas lavouras”, observa.TABELA – Variação das médias históricas de chuva e valores de temperaturas mínimas e máximas para cada região do Paraná nos meses de outubro, novembro e dezembro
REGIÃO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Chuva (mm/mês)
TMIN°C
TMAX°C
Litoral
140-180
16,8
25,2
120-200
18,3
27,4
190-280
19,8
29,1
RMC
100-140
12,3
22,0
70-130
13,8
23,8
110-190
15,4
25,2
Centro
140-200
12,9
24,0
100-150
14,3
25,6
130-200
15,8
26,4
Sul
160-210
12,9
24,0
90-140
14,3
25,9
120-170
15,6
26,8
Sudoeste
180-240
14,5
25,6
120-200
16,0
27,4
140-200
17,5
28,5
Oeste
170-230
15,8
26,3
110-190
16,4
26,9
120-180
18,6
28,3
Norte
100-180
16,0
26,3
110-160
17,5
27,8
150-230
18,5
27,9
Fonte: Dados da Rede Agroclimatológica do Iapar
Entrevistas: Simepar - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR www.simepar.br (41) 33202000
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18/9/19
Tecnologia desenvolvida pelo Simepar subsidia a gestão de bacias do Sistema Cantareira
Tecnologia desenvolvida pelo Simepar subsidia a gestão de bacias do Sistema Cantareira
O Sistema Meteorológico do Paraná – Simepar presta serviços de previsão hidrometeorológica para a Agência das Bacias PCJ – responsável pela gestão dos recursos dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, no Estado de São Paulo. Por ser industrializada e comportar 9 milhões de pessoas, a região apresenta grande demanda hídrica. O período mais crítico no uso da água ocorre entre junho e novembro. Com base nas previsões fornecidas pelo Simepar, os gestores tomam decisões para evitar a escassez e o desperdício no Sistema Cantareira, a fim de manter o equilíbrio ambiental e atender às necessidades humanas de abastecimento.Para gerar as previsões de vazão, o Simepar desenvolveu uma tecnologia exclusiva de multimodelagem, assim denominada porque combina três tipos de modelos: um conceitual, conhecido como “Sacramento”, adotado pelo National Weather Service (NWS); um regressivo multilinear, baseado em teoria estatística e um deep learning ou aprendizagem profunda, a partir da inteligência artificial. Cada um desses modelos tem uma fonte distinta de tecnologia e gera um prognóstico do comportamento da vazão com horizonte de sete dias. Em processo conhecido como ensemble, os três modelos são combinados para produzirem uma previsão determinística. A aplicação da metodologia Modelagem Bayesiana de Erros através de Simulação de Monte Carlo via Cadeias de Markov (MCMC) gera uma previsão probabilística, capaz de indicar altas e baixas chances de ocorrência futura de vazão em determinado intervalo de valores. Por meio de simulações de comportamentos futuros, esse sistema permite medir em percentuais a probabilidade de a vazão vir a estar acima e/ou abaixo de níveis críticos no tempo e no espaço, subsidiando a tomada de decisão no gerenciamento dos recursos hídricos.“É uma satisfação conciliar o desenvolvimento científico com uma aplicação real em que técnicas sofisticadas, geradas em conjunto com uma instituição universitária, se põem a serviço da gestão ambiental, com benefícios concretos para a população”, observa o diretor presidente do Simepar, engenheiro Eduardo Alvim Leite.
CARACTERÍSTICAS – O pesquisador do Simepar e coordenador geral do serviço, José Eduardo Gonçalves, destaca o ganho representado pela união entre as áreas de meteorologia e hidrologia, o que se reflete na qualidade do serviço ao cliente. Segundo ele, os dados são coletados por estações hidrológicas compostas por sensores, instaladas em três pontos de controle: dois no rio Atibaia e um no rio Jaguari. Também é utilizada a rede de monitoramento do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. “Os dados provenientes dos linímetros e das chuvas coletados por pluviômetros, satélite Goes 16 e radar são transmitidos automaticamente para o Simepar, onde são processados e analisados”, explica. Os meteorologistas emitem dois boletins diários de previsão hidrometeorológica para sete dias nos 76 municípios da região, indicando as chuvas nas bacias e a vazão nos pontos de controle.
“São Paulo representou uma problemática nova para o Simepar por referir-se a períodos de recessão e não de cheias”, observa o engenheiro sanitarista e ambiental Arlan Scortegagna, pesquisador responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Previsão Hidrometeorológico das Bacias PCJ. Ele destaca o processo tecnológico colaborativo entre o Simepar e o cliente para a obtenção de bons resultados, lembrando a necessidade de melhoria contínua ao lidar com as incertezas.
CONFIABILIDADE - Coordenador do Grupo de Trabalho de Previsão Hidrometeorológica do Comitê das Bacias PCJ, o engenheiro químico e especialista em gestão ambiental Jorge Antonio Mercanti avalia diariamente a qualidade dos serviços. Ele considera o modelo hidrológico de escoamento do Simepar bem ajustado, detalhado e robusto: “Após um período de adequação, a precisão das previsões surpreende pelo alto índice de acerto, com dados muito próximos do real”. Para o especialista, “o know-how e a expertise do Simepar permitiram a criação de uma ferramenta científica complexa, que possibilita a gestão otimizada, avançada e aperfeiçoada dos recursos hídricos das bacias paulistas para assegurar a disponibilidade desse bem precioso que é a água”.Coordenada pelo engenheiro Eduardo Alvim, a metodologia de pesquisa do Simepar ensejou a defesa de tese de doutorado da professora Alana Ribeiro no Programa de Métodos Numéricos em Engenharia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2017. O sistema de previsão para as bacias PCJ será apresentado no Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos a realizar-se de 24 a 28 de novembro deste ano em Foz do Iguaçu.
Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira é constituído por seis reservatórios, conectados em série, alimentados por rios pertencentes às bacias do rio Piracicaba e do Alto Tietê. Sua importância reside no abastecimento de até 9 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo e no controle das vazões em trechos regularizados das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ).Diante da crise hídrica de 2014, verificou-se a necessidade de estabelecer regras para a operação do Sistema Cantareira. Em 2017, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) firmaram as Resoluções Conjuntas nº 925 e nº 926 que, dentre outros critérios, estabeleceram vazões mínimas a serem garantidas em três postos de controle das Bacias PCJ. Atender a essas vazões mínimas e, ao mesmo tempo, maximizar o armazenamento dos reservatórios, o que implica em minimizar suas descargas, consiste em um desafio para a operação do Sistema Cantareira e para a gestão hídrica.As Bacias PCJ englobam 76 municípios e ocupam 15.377,82 km² - dos quais 92% se encontram no Estado de São Paulo e 8% em Minas Gerais. Seus principais constituintes são os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A bacia do rio Piracicaba é dividida em cinco sub-bacias: Jaguari, Atibaia, Camanducaia, Corumbataí e Piracicaba. A área de modelagem hidrológica do SPHM-PCJ está inserida nas sub-bacias dos rios Jaguari e Atibaia. As Bacias PCJ abrangem quatro reservatórios do Cantareira: Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Os demais - Paiva Castro e Águas Claras - pertencem à Bacia do Alto Tietê. As descargas do Jaguari/Jacareí escoam para o rio Jaguari enquanto as do Cachoeira e Atibainha escoam para o rio Atibaia.O DAEE e parceiros mantêm nas Bacias PCJ uma rede de monitoramento com 43 estações telemétricas, que realizam a coleta de dados de precipitação e nível fluviométrico a cada dez minutos, além de estações convencionais. A partir de curvas-chave atualizadas com frequência, obtêm-se os dados de vazão. A rede telemétrica do DAEE é operada pelo Sistema de Alerta a Inundações do Estado de São Paulo (SAISP) e mantida com o apoio da Agência das Bacias PCJ.
Figura 1 - Vazões previstas com sete dias de antecedência para o posto de controle localizado no rio Atibaia em São Paulo, apresentando os resultados determinísticos e probabilísticos dos modelos numéricos implementados no SPHM-PCJ
Figura 2 - Página inicial da plataforma Web desenvolvida pelo Simepar para os usuários do SPHM-PCJ
Figura 3 - Mapa dinâmico da previsão de precipitação acumulada resultante do modelo atmosférico WRF com resolução de 5km
Figura 4 - Resultados horários de chuva e temperatura para as horas remanescentes do dia atual
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20/6/19
Inverno de 2019 será ameno e um pouco chuvoso
Inverno será ameno e um pouco chuvoso
Inverno será ameno e um pouco mais chuvoso
O inverno começa às 12h54 desta sexta-feira – 21 de junho – e termina às 04h50 de 23 de setembro. No primeiro dia o tempo fica estável no Paraná, com temperaturas variando entre 8 ºC e 26 ºC. As menores temperaturas ocorrem em Rio Negro, Pato Branco e União da Vitória. Já as maiores estão previstas para Guaíra, Umuarama, Paranavaí e Foz do Iguaçu.Segundo a previsão do Simepar, a estação entra sem chuvas e ensolarada na maioria das regiões. Há condições para formação de nevoeiros ao amanhecer nas regiões Centro-Sul, Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. O tempo deve ficar encoberto em Guarapuava e Rio Negro e parcialmente nublado na Capital, litoral, nas regiões Central, Centro-Sul, Sul e Norte Pioneiro. O sábado prossegue sem chuvas, com leve aumento das temperaturas. No domingo o sol deve predominar em todo o Estado, com temperaturas entre 8ºC e 27ºC.
Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, “o inverno deve ser ameno, pois a temperatura média do ar deverá ficar acima do comportamento climatológico normal”. Embora se caracterize como a estação mais seca, é provável que neste ano seja ligeiramente mais chuvoso, sobretudo em julho. Estão previstos períodos prolongados sem chuva quando predominarem massas de ar frio e seco. Ondas de calor devem ser mais frequentes em agosto e setembro.O fenômeno El Niño continua influenciando o clima na Região Sul, reduzindo as chances de geadas. No entanto, deslocamentos eventuais de intensas massas de ar frio podem causar geadas e queda acentuada nas temperaturas, principalmente nas regiões Sul, Centro-Sul, Centro e Campos Gerais.Segundo a agrometeorologista Ângela Costa, “os produtores de café devem ficar atentos às previsões de geadas para adotarem medidas de proteção dos viveiros e das mudas de até seis meses”. O mesmo deve ser feito com as hortaliças. “Já o trigo e o milho devem desenvolver-se normalmente, atingindo boa produtividade”, afirma a pesquisadora.Mantido pelo Simepar e pelo Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, o serviço gratuito Alerta Geada emite previsões com antecedência de 48 e 24 horas. Boletins são divulgados pelo Disque Geada (43) 33914500, nas redes sociais e páginas www.simepar.br e www.iapar.br.A base de dados históricos sobre o inverno paranaense apresenta baixos volumes de chuvas. Julho costuma ser menos chuvoso. Os registros de baixas temperaturas mais expressivos são de Palmas, no Sul do Estado.Tabela 1 - Valores das médias históricas de chuva (faixa de variação), temperatura mínima e temperatura máxima para cada região do Paraná nos meses de julho, agosto e setembro
Região
Julho
Agosto
Setembro
Chuva (mm/mês)
TMIN (°C)
TMAX (°C)
Chuva (mm/mês)
TMIN (°C)
TMAX (°C)
Chuva (mm/mês)
TMIN (°C)
TMAX (°C)
Litoral
60-160
12,6
22,5
40-90
13,3
22,9
100-200
14,8
23,1
RMC
40-110
9,4
20,8
40-90
10,2
22,2
60-140
9,9
20,3
Centro
40-180
9,1
20,9
20-140
10,4
22,7
70-220
10,6
21,9
Sul
100-160
8,0
19,4
20-170
9,2
21,1
70-240
10,9
22,1
Sudoeste
90-170
10,0
20,8
40-150
11,4
22,8
110-220
12,0
23,4
Oeste
30-130
11,3
23,0
20-160
12,8
25,1
80-200
13,5
24,0
Norte
20-100
11,8ºC
24,1
10-90
13,3
26,2
60-180
14,0
26,0
Fonte: Dados da Rede Agroclimatológica do IAPAR
FIGURA 1 - Previsão probabilística em Tercis – Chuva – Atualização junho de 2019 – Validade: trimestre julho-setembro/2019
Fonte: INMET
Entrevistas: Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 imprensa@simepar.br
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8/5/19
Alerta Geada entra em operação
Alerta Geada entra em operação Serviço completa 25 anos
O Alerta Geada começa nesta quinta-feira (9) e vai até o fim do inverno em 23 de setembro. O serviço emite previsões de geada por categorias de intensidade – fraca, moderada ou forte - com antecedência de 72, 48 e 24 horas para todas as regiões do Paraná. Textos e mapas temáticos são atualizados diariamente na página do Simepar (www.simepar.br).Em caso de geada prevista com impacto para a agricultura, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) lança um boletim sugerindo medidas a serem tomadas pelos agricultores para evitar ou minimizar danos às lavouras de culturas sensíveis a baixas temperaturas. Também são beneficiados os setores de turismo, construção civil e comércio.As mensagens são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, bem como nas redes sociais e veículos de comunicação. A novidade deste ano é o aplicativo Iapar Clima. Interessados em receber os avisos devem cadastrar-se na página do Iapar (www.iapar.br) no tópico Agrometeorologia – Alerta Geada.INVERNO 2019 - Segundo o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius, o inverno típico no Paraná apresenta poucas chuvas e massas de ar frio a partir da segunda quinzena de maio. “As geadas são mais frequentes em junho e julho - quando as temperaturas médias ficam mais baixas", afirma. Em condições normais são registrados de um a quatro eventos por ano, mais concentrados entre o centro e o sul do Estado, podendo atingir o norte. Neste ano, o inverno do Hemisfério Sul deve sofrer influência do fenômeno climático El Niño fraco. “Os prognósticos até o momento indicam temperaturas e chuvas um pouco acima da média, com menor frequência e intensidade de massas de ar polar e geadas”, observa Jusevicius.METODOLOGIA - Mantido desde 1995 pelo Simepar e Iapar em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Emater, o Alerta Geada tem alto grau de confiabilidade. Os cenários são montados por meio de modelos numéricos de previsão indicativos da tendência de comportamento da temperatura do ar nos próximos dias. As condições do tempo são analisadas com base em dados de temperaturas, pressão atmosférica, ventos e umidade do ar coletados por uma rede de estações telemétricas. O Simepar fornece ao Iapar o sistema ClimatOS, que armazena e cataloga dados meteorológicos usados por pesquisadores.
Para o diretor do Simepar, Eduardo Alvim Leite, “a qualidade da parceria institucional entre o Simepar e Iapar é o principal fator de sucesso na prestação de serviços e desenvolvimento de pesquisas em agrometeorologia nestes 25 anos”.
LANÇAMENTO – A 25ª edição do serviço Alerta Geada será lançada nesta quarta-feira (8) no Centro de Treinamento do Iapar, em Londrina. A abertura será feita às 9 horas pelo diretor de pesquisa do Iapar, Rafael Fuentes Llanillo. Em seguida será exibido o audiovisual “A Geada Negra de 1975”. Às 9h30 o pesquisador Paulo Henrique Caramori contará a história do Alerta Geada. Às 10 horas o meteorologista Marco Jusevicius falará sobre a metodologia de previsão de geadas. Às 10h30 a agrometeorologista Angela Beatriz Costa discorrerá sobre a operação do serviço. Às 11 horas o engenheiro agrícola Pablo Nitsche apresentará o aplicativo Iapar Clima.SERVIÇO25ª Edição do Alerta GeadaDia: 8 de maio de 2019 – quarta-feiraLocal: Centro de Treinamento do Iapar – Rodovia Celso Garcia Cid, km 375Horário: 9h às 12h Fonte para entrevistas: Marco Jusevicius - meteorologista Simepar – marco@simepar.br - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 Veja mais ...
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20/3/19
Outono será chuvoso com temperaturas um pouco acima da média
O outono começa às 18h58 desta quarta-feira 20 de março e termina às 12h54 do dia 21 de junho. Segundo a previsão do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a estação entra com chuvas na maioria das regiões do Estado, com temperaturas variando de 15 oC a 29 oC. A temperatura mínima está prevista em Rio Negro e a máxima em Foz do Iguaçu, Londrina, Umuarama e Guaíra. O tempo deve melhorar no final de semana.Segundo o meteorologista do Simepar, Cezar Duquia, o outono paranaense caracteriza-se pela diminuição gradativa do volume de chuvas: “No primeiro mês, é esperado um comportamento com resquícios do verão, podendo ocorrer chuvas abundantes”, explica. À medida em que se aproxima o fim da estação, as massas de ar que atingem o sul do Brasil costumam ser mais estáveis, com menos nuvens e pouca chuva. Dados meteorológicos indicam 50% a 55% de probabilidade de persistência do fenômeno climático El Niño de fraca intensidade.O modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sugere chuvas acima da Normal climatológica na Região Sul. No Paraná, as condições analisadas e previstas pelo Simepar indicam que o outono será um pouco mais chuvoso do que a Normal. Já as temperaturas devem seguir a tendência de normalidade, situando-se na média e ligeiramente acima da média. Previsões detalhadas para regiões e municípios paranaenses estão disponíveis no site do Simepar – www.simepar.br – nos tópicos Tempo e Previsão.
AGRICULTURA – Segundo a agrometeorologista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Heverly Morais,“do ponto de vista hídrico, o milho safrinha deve ter um bom desenvolvimento”. No entanto, considerando que no outono se inicia o risco de geadas devido às incursões das massas polares, o milho safrinha poderá ser prejudicado, dependendo da intensidade do fenômeno e do estágio em que se encontra a lavoura. As fases mais suscetíveis a danos e perdas por geadas são a floração e o início da frutificação, quando os grãos estão leitosos. “Quanto mais cedo tiver sido semeado o milho, menor o risco”, observa Heverly.Por ser a cultura do café suscetível à geada, os cafeicultores devem ficar atentos ao serviço de alerta para tomarem as medidas de proteção das lavouras recém-plantadas no campo ou mudas em viveiros. Extremamente sensíveis às baixas temperaturas, as hortaliças em geral devem ser protegidas, caso haja previsão de geadas. Quanto ao trigo, a expectativa é de desenvolvimento normal, pois não haverá impedimento térmico e hídrico para a cultura.
FIGURA 1 - Prognósticos das anomalias das Temperaturas da Superfície do Oceano (TSM) na região de El Niño 3.4 (5°N - 5°S, 120°O - 170°O)Atualização: 15/03/2019
FIGURA 2 - Previsão probabilística de precipitação em TercisAtualização: março/2019 Validade: abril – maio – junho/2019Fonte: INMET – Adaptado por Simepar
Entrevistas: Meteorologista Cezar Duquia (41) 33202020 imprensa@simepar.br Veja mais ...
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20/12/18
Simepar prevê verão quente com chuvas fortes e muitos raios
O verão no Paraná começa às 20h23 desta sexta-feira - 21 de dezembro – e termina às 18h58 do dia 20 de março de 2019. Nos primeiros dias o tempo fica abafado com chuvas regulares devido à umidade do ar em todas as regiões. A previsão do Simepar indica temperaturas altas de sexta a domingo, com pancadas de chuva e muitos raios, principalmente à tarde e à noite. Para sexta a temperatura mínima prevista é de 16oC em General Carneiro. A máxima chega a 35oC no litoral e em Umuarama. Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, uma frente fria sobre o oceano Atlântico próxima ao litoral deixa a atmosfera instável no Paraná, provocando temporais localizados de sábado para domingo. Por esse motivo, o Natal deve ser chuvoso em quase todo o estado. As previsões do tempo para até 15 dias em cada município estão disponíveis na página www.simepar.br.
CHUVAS - O regime de chuva tende a seguir a normal climatológica para a estação em todas as regiões do estado. São esperadas chuvas fortes com muitos raios e rajadas de vento, que podem causar enxurradas, inundações e outros impactos. Segundo Kneib, historicamente o verão paranaense é chuvoso: “Sistemas atmosféricos de mesoescala associados ao maior aquecimento diurno e à disponibilidade de umidade causam chuvas intensas e localizadas de curta duração, com raios, vendavais e granizo em todas as regiões”, explica. As previsões de modelos climáticos com prognósticos mensais e sazonais indicam a ocorrência do fenômeno El Niño com fraca intensidade neste verão. Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico tropical, El Niño altera os padrões dos ventos em escala global, afetando regimes de temperatura e chuva.
TEMPERATURAS – De janeiro a março de 2019 as temperaturas tendem a ficar entre a normalidade e um pouco acima da normal climatológica em todas as regiões. “São esperados dias consecutivos com temperaturas muito elevadas em períodos sem chuva”, informa Kneib. No entanto, as temperaturas tornam-se amenas quando frentes estacionárias no oceano Atlântico próximas ao litoral formam nuvens e desencadeiam chuvas entre a Região Metropolitana de Curitiba e as praias.
AGRICULTURA – Na maioria das lavouras, a safra de verão – soja e milho – está nas fases de floração e início de frutificação - período em que mais necessitam de irrigação. A primeira safra de feijão inicia a colheita. “Causada por El Niño fraco, a irregularidade na distribuição das chuvas gera déficit hídrico, agravado pelas temperaturas elevadas, o que prejudica o desenvolvimento das culturas e a produtividade da safra”, explica a meteorologista do Simepar e pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Angela Beatriz Costa. Segundo ela, as condições meteorológicas também afetam as pastagens, dificultando o manejo do gado. Por esse motivo, é recomendável que os agricultores aumentem a irrigação para prevenir perdas.
Fonte para entrevista: Simepar - Centro Politécnico da UFPR – (41) 3320-2000 Veja mais ...
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2/10/18
Primavera e um provável episódio El Niño
Fórum Regional de Perspectivas Climáticas confirma previsão de primavera mais chuvosa e um pouco mais quente do que o normalIniciada às 22h54 do dia 22 de setembro, a primavera deverá ser mais chuvosa e um pouco mais quente do que o normal no Paraná. Esta previsão agrega as conclusões do prognóstico de consenso lançado por especialistas em clima de seis países reunidos de 25 a 27 de setembro no Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) por ocasião do XLIII Fórum Regional de Perspectivas Climáticas do Centro Regional do Clima para o Sul da América do Sul. O evento foi organizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Centro Regional do Clima para o Sul da América do Sul, com apoio da Organização Meteorológica Mundial, Simepar e Agência Estadual de Meteorologia da Espanha (AEMET). Participaram representantes dos serviços meteorológicos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Segundo o meteorologista do Simepar, Cezar Duquia, é provável que o fenômeno climático El Niño se desenvolva durante a primavera com fraca intensidade. As temperaturas superiores à média na subsuperfície do Oceano Pacífico e o aumento contínuo das anomalias dos ventos do Oeste causam alterações nos padrões do tempo. Este trimestre deve ser um pouco mais chuvoso do que a normal climatológica no Paraná. “A nossa primavera caracteriza-se habitualmente pelo retorno das chuvas abundantes, com aumento gradativo dos valores acumulados médios de um mês para o outro”, explica Duquia. O histórico de dados climatológicos dos últimos vinte anos demonstra que em outubro costuma chover mais com menor variação espacial dentro de uma mesma microrregião. As regiões que registram chuvas mais expressivas são a Sudoeste e parte do Oeste. Em novembro, as variações interregionais são mais frequentes, com chuvas nas regiões Oeste, Sudoeste, Sul e na Serra do Mar em direção ao Litoral.
O Simepar prevê que as temperaturas seguirão a tendência da normalidade para a primavera, mantendo a característica de média a ligeiramente acima da média. Em outubro as massas de ar frio tornam-se mais raras e fracas, com temperaturas aumentando em média de 2 ºC a 3 ºC em relação a setembro. As temperaturas sobem gradativamente a partir de novembro. O final da primavera deve apresentar uma condição climática específica, com elevação do teor térmico (aquecimento) associada à maior ocorrência de chuvas.
AGRICULTURA – “A volta das chuvas no início da estação favorece a semeadura das culturas de primavera/verão”, observa a pesquisadora em agrometeorologia do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Ângela Costa. O aumento das temperaturas e da disponibilidade hídrica permite que a vegetação normalize seu ciclo de crescimento. Considerando que El Niño agrava os riscos de chuvas intensas, a pesquisadora recomenda o reforço dos cuidados com o manejo e a conservação do solo: “Deve ser mantida uma boa cobertura de palhada com a manutenção dos terraços e as operações demanejo devem ser executadas em condições adequadas de umidade do solo”.
DEFESA CIVIL - A primavera é o momento adequado para que os municípios atualizem seus planos de contingência para o verão por meio da ferramenta da Defesa Civil, disponível on line. A estação termina às 20h23 do dia 21 de dezembro no horário de verão, que tem início à zero hora do dia 21 de outubro e termina às 23h59 do dia 16 de fevereiro de 2019.MODELOS CLIMÁTICOS - A análise do Simepar e o prognóstico de consenso do Fórum Regional de Perspectivas Climáticas consideram as condições oceânicas e atmosféricas globais recentes e previstas. Baseiam-se nos modelos emitidos pelo Centro de Previsões Climáticas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), Centro Líder da Organização Meteorológica Mundial, Iniciativa Euro-Brasileira para melhorar as previsões sazonais da América do Sul (Eurobrisa),Instituto Internacional para a Pesquisa em Clima e Sociedade, Centro Climático APEC e Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).
“O desafio contemporâneo consiste no uso cada vez mais intensivo de inteligência artificial aliada à computação científica e ao sensoriamento remoto”, afirmou o diretor do Simepar, Eduardo Alvim Leite, destacando a transformação no papel do meteorologista como consultor de análise e supervisor das informações. Na era do “Big Data”, os provedores de informação ambiental evoluem para o compartilhamento dos modelos e a emissão automática de alertas sobre eventos climáticos severos e extremos.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Francisco de Assis Mendonça, destacou a relevância do Fórum no contexto de avanço da ciência, da tecnologia e das instituições para o desenvolvimento da sociedade: “Aglutinou pesquisadores da maior qualidade científica em climatologia e ciências atmosféricas, com tecnologia de ponta, para estudar a dinâmica e os impactos do clima e do tempo sobre as cidades, a agricultura e a economia”.
O Fórum promoveu um treinamento para uso do aplicativo Clima-RMV, ministrado pelo meteorologista do INMET Mozar Salvador. Houve discussões técnicas sobre o método de downscaling no sistema de previsão sazonal do North American Multi-Model Ensemble e o modelo de verificação de prognóstico do Serviço Meteorológico Nacional da Argentina. Uma nova reunião está prevista para dezembro a fim de estabelecer um prognóstico de consenso para o verão 2018-2019 no Sul da América do Sul.
FIGURA 1 – Previsão probabilística de distribuição das chuvas durante a primavera nos estados do Sul sugere valores acima da normal climatológica
Previsão Probabilística em Tercis – Precipitação – Atualização - setembro/2018 Validade: outubro – novembro – dezembro/2018Fonte: INMET – Adaptado por SIMEPAR
TABELA 1 – Valores extremos de temperaturas já registrados no Paraná para o trimestre setembro - outubro - novembroFonte para entrevistas
Simepar - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR 81531-980 - www.simepar.br (41) 33202000 - Cezar Duquia - meteorologista - cezar@simepar.br Veja mais ...
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20/6/18
Inverno entra frio e sem chuvas.
O inverno começa às 07h07 desta quinta-feira – 21 de junho – e termina às 22h54 de 22 de setembro. No primeiro dia no Paraná o tempo fica nublado com as temperaturas variando entre 8 oC e 26 oC. As menores temperaturas ocorrem na Capital e na Região Central. Já as maiores temperaturas verificam-se na Região Noroeste. Na sexta (22) as temperaturas sobem um pouco em todas as regiões – exceto no Sul onde podem cair ligeiramente.
Segundo a previsão do Simepar, não deve chover no primeiro dia deste inverno. Há condições para formação de nevoeiros entre os Campos Gerais e a Região Metropolitana de Curitiba, que devem perder força durante a manhã. À tarde o sol predomina em todas as regiões. Na sexta-feira (22) uma frente fria de fraca atividade aproxima-se do Paraná, aumentando as nuvens na Região Sul, o que favorece a ocorrência de chuvas fracas pontuais. No sábado o tempo fica estável. No domingo outra frente fria avança pelo Sul do país, causando instabilidade. Estão previstas chuvas para todas as regiões paranaenses no início da semana, mas o tempo deve melhorar a partir de quarta-feira (27).
CHUVAS - No Paraná há entre 40% e 45% de probabilidade de que o inverno seja menos chuvoso do que o normal. Segundo o meteorologista do Simepar, Cezar Duquia, "as chuvas devem distribuir-se próximas à média histórica". A maioria dos modelos meteorológicos indica a neutralidade do fenômeno El Niño durante o inverno. A análise dos modelos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) sugere ocorrência de chuvas abaixo da normalidade no Sul do Brasil.
A base de dados sobre o inverno paranaense apresenta baixos volumes de chuvas. As médias acumuladas mensais variam de 80 mm a 100 mm ao longo do Vale do Paranapanema e de 140 mm a 180 mm no Sudoeste em junho. Julho costuma ser menos chuvoso, variando de 40 mm a 50 mm no Norte e de 100 mm a 140 mm no Sudoeste. Em agosto, a variação é de 60 mm a 80 mm no Norte e de 110 mm a 140 mm no Sudoeste. Em setembro, os volumes ficam entre 80 mm e 100 mm numa estreita faixa ao longo da bacia do médio e alto Paranapanema até uma área de 140 mm a 180 mm no Sudoeste.
TEMPERATURAS - "As temperaturas neste inverno devem seguir a tendência da normalidade, ao contrário do ano anterior quando ficaram acima da média", informa Duquia. Historicamente em junho os menores valores médios mensais variam de 10 °C a 12 °C no Sul e de 16 °C a 18 °C no Noroeste do Estado. Em julho, costumam ficar entre 8 °C e 10 °C no Sul e entre 16 °C a 18 °C no Noroeste. Em agosto, situam-se entre 12 °C e 14 °C no Sul e 18 °C a 20 °C ao longo do Vale do Paranapanema. Em setembro, as temperaturas passam a elevar-se naturalmente, variando de 14 °C a 16 °C no Sul e de 18 °C a 20 °C no Norte.
Os registros históricos de baixas temperaturas mais expressivos são de Palmas, no Sul do Estado, onde a temperatura mínima absoluta chegou a -8,2 °C em junho de 1967, -8,5 °C em julho de 1963, -8,9 °C em agosto de 1963 e -5,7 °C em setembro de 1964. Dados do INMET indicam baixas temperaturas em junho de 1967 em Ponta Grossa (-5,7 °C) e Londrina (-2,8 °C), setembro de 1972 em Curitiba (-5,4 °C), agosto de 1984 em Maringá (-0,2 °C) e julho de 1971 em Paranaguá (-0,1 °C). Instalada em 1997, a rede de estações meteorológicas automáticas do Simepar aponta as temperaturas mais baixas em julho de 2000 e 2013. Em 17 de julho de 2000 foram registradas -2,6 °C em Curitiba, -1,3 °C em Londrina, -2,9 °C em Cascavel e -4,1 °C em Ponta Grossa. Em 24 de julho de 2013 foram registradas -0,5 °C em Maringá e 4,8 °C em Ponta Grossa.
GEADAS – "Durante o inverno, as geadas são mais frequentes em junho e julho nas regiões Sul e Central, apesar de alcançarem até vales ao leste da Serra do Mar", explica Duquia. O Simepar e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) mantêm o serviço gratuito Alerta Geada, que emite previsões com antecedência de 48 e 24 horas. Ao receberem as mensagens em tempo hábil, os produtores rurais podem adotar medidas de proteção das lavouras, reduzindo o risco de perdas agrícolas. Boletins são divulgados pelo Disque Geada (43) 33914500, nas redes sociais e páginas www.simepar.br e www.iapar.br.
AGRICULTURA - Segundo as pesquisadoras em agrometeorologia do Iapar, Ângela Costa e Heverly Morais, o trigo semeado em abril e maio não apresentou bom desenvolvimento inicial em muitos locais do Paraná. Devido à severa seca registrada nesses meses, seu stand foi desuniforme e houve baixa germinação das sementes. No inverno, as chuvas e as baixas temperaturas favorecem o desenvolvimento normal da cultura com boa produtividade. A cultura que mais sofreu com a seca foi o milho safrinha, pois estava na fase crítica de demanda hídrica, motivo pelo qual deve apresentar perdas de produtividade. Neste início de inverno, o milho está em fase final de desenvolvimento. Sua colheita deve ser iniciada em julho.
Os cafeeiros cultivados no Norte paranaense estão sujeitos a eventuais danos por geadas, devido à possibilidade de entradas de massas de ar polar de forte intensidade durante o inverno. Os produtores devem acompanhar o serviço Alerta Geada a fim de proteger as mudas de até seis meses no campo e os viveiros de café. "Esse serviço também pode ser utilizado por olericultores, visto que as hortaliças são muito sensíveis às geadas e devem ser protegidas mediante a ocorrência dessa intempérie climática", explicam as pesquisadoras.
Fonte para entrevistas: Cezar Duquia - meteorologista Simepar – cezar.duquia@simepar.br ou imprensa@simepar.br - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000 Veja mais ...
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7/5/18
Simepar e Iapar iniciam Alerta Geada
O Alerta Geada começa nesta terça-feira (8) e vai até o fim do inverno em 22 de setembro. O serviço informa gratuitamente aos cafeicultores a probabilidade de ocorrência de geada na região cafeeira com antecedência de 48 e 24 horas. Ao receberem as mensagens em tempo hábil, os produtores podem adotar medidas de proteção das lavouras, evitando e reduzindo perdas agrícolas. Uma vez emitida a previsão do Simepar, a equipe de agrometeorologistas do Iapar interpreta as informações e dispara o aviso por e-mail, celular, redes sociais e veículos de comunicação. Além disso, um boletim é divulgado nas páginas do Simepar (www.simepar.br) e Iapar (www.iapar.br) e também pode ser acessado pelo Disque Geada - (43) 33914500 - ao custo de uma ligação para aparelho fixo. A persistirem as condições para formação de geada, um aviso de ratificação é enviado até 24 horas antes da ocorrência prevista.A difusão dos alertas se dá por meio de uma rede formada por órgãos públicos estaduais, prefeituras municipais, cooperativas, associações rurais, técnicos e profissionais de agronomia, estabelecimentos educacionais e comunitários. Para receber os avisos, os interessados devem preencher um formulário na página do Iapar na Internet.Outros setores da economia também são beneficiados, como produtores de hortaliças, comércio de vestuário, construção civil e turismo.METODOLOGIA - Mantido desde 1995 pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Emater, o Alerta Geada tem alto grau de confiabilidade, pois nunca houve erro na detecção desse tipo de evento. As condições do tempo são monitoradas com base em dados de temperaturas, pressão atmosférica, ventos e umidade do ar coletados desde a superfície até aproximadamente 15 mil metros de altura. Também são analisadas imagens fornecidas por satélite. Um mapa de probabilidade classifica a intensidade da geada como fraca, moderada ou forte. As previsões são reavaliadas no mínimo duas vezes ao dia.Segundo o meteorologista do Simepar, Cezar Duquia, o inverno normal no Paraná caracteriza-se pela diminuição das chuvas em comparação com as outras estações e o ingresso de massas de ar frio a partir da segunda quinzena de maio: "Geadas são mais frequentes em junho e julho - quando as temperaturas médias ficam mais baixas", afirma. Em condições normais ocorrem de um a quatro eventos por ano, mais concentrados entre o centro e o sul do Estado, podendo atingir o norte. Em 2017 houve cinco ondas de frio intenso e foram emitidos dois alertas de geada em 9 de junho e 17 julho.As projeções mais atualizadas para este ano apontam tendência de comportamento da atmosfera dentro da média: "Até o momento tudo indica La Niña fraca, sem sinais de intensificação que poderia agravar o frio no sul do Brasil", informa Duquia. La Niña é o fenômeno climático que resfria as águas na zona equatorial do Oceano Pacífico com impacto nas condições do tempo no Paraná.RECOMENDAÇÕES – A expectativa de colheita para 2018 é de cerca de um milhão de sacas de café beneficiado. Segundo a pesquisadora em agrometeorologia, Ângela Costa, havendo alerta de geada, nas lavouras cafeeiras com idade entre seis e 24 meses recomenda-se amontoar terra no tronco das árvores até o primeiro par de folhas imediatamente. Denominada "chegamento de terra", essa conduta protege as gemas e evita a morte da planta por geada severa. A proteção deve ser mantida até o final do período frio, em meados de setembro, quando deve ser retirada preferencialmente com as mãos. Nos plantios com até seis meses de idade, é recomendável enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica. A proteção das mudas e dos viveiros deve ser removida rapidamente assim que a massa de ar frio se afastar e cessar o risco de geada.
Fontes para entrevistas:Cezar Duquia - meteorologista Simepar – cezar@simepar.br - Centro Politécnico da UFPR – Curitiba/PR (41) 3320-2000Ângela Beatriz Costa – meteorologista Iapar – imprensa@iapar.br - Londrina/PR (43) 3376-2465 Veja mais ...